segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Região Norte

Área total: 3.853.676,948 km2

População (2014): 17.231.027 habitantes

Densidade demográfica: 4,47 hab/km²

Maiores cidades (Habitantes/2000): Manaus (1.403.796); Belém (1.279.861); Ananindeua-PA (392.947); Porto Velho (314.525); Macapá (282.745); Santarém-PA (262.721); Rio Branco (252.885); Boa Vista (200.383); Palmas (137.045).

Relevo

Formada pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Localizada entre o maciço das Guianas ao norte; o Planalto Central, ao sul; a cordilheira dos Andes, a oeste; e o Oceano Atlântico, a nordeste, a Região Norte é banhada pelos grandes rios das bacias Amazônica e do Tocantins. 


Clima

Na região Norte, em geral, as temperaturas ficam em torno dos 26°C, com índices pluviométricos que oscilam entre 1700 e 3000 mm ao ano e baixa amplitude térmica. 
O clima que prevalece ao longo da região é o equatorial úmido, caracterizado por elevadas temperaturas e grande quantidade de chuvas durante todo o ano. Algumas áreas restritas não apresentam tal característica climática, como o Tocantins e partes do Pará e Roraima. Na parte sudeste do Pará e em todo Estado do Tocantins é identificado o clima tropical, com duas estações bem definidas, sendo uma chuvosa e uma seca. 

Mata de igapó.
Vegetação    

região norte possui grandes áreas de florestas preservadas, onde podemos encontrar coberturas vegetais bastante heterogêneas, como áreas de cerrado, campos e vegetação litorânea, mas a principal é a floresta amazônica, que abrange aproximadamente 80% da região norte. A pesar da aparência de homogeneidade da floresta amazônica, ela possui distinções quanto à formação vegetal que varia de acordo com a altitude do relevo. 
Em razão disso, a amazônia é classificada em quatro tipos: mata de igapó, mata de várzea, mata de terra firme e floresta semiúmida. 


Fauna

A fauna da Região Norte e bem diversificada,  onde impera a onça pintada ou jaguar, como o felino mais representativo, também  possui  antas, caititus, primatas, capivaras  e  uma das maiores  concentrações de aves do mundo, sobretudo, psitacídeos (araras e papagaios).


A fauna aquática rica em  répteis  (jacarés, tartarugas, etc), peixes  como  o  pirarucu (Arapaima gigas) que se encontra ameaçado  de  extinção,  anfíbios como sapos rãs e pererecas e uma  extraordinária reunião de  artrópodes (insetos, aracnídeos, etc).  Os  rios da Região Norte, como o Araguaia, abriga a temível sucuri (maior réptil de água doce).


domingo, 21 de agosto de 2016

População e Economia

Economia e Energía


A economia se baseia no extrativismo de produtos como o látex, açaí, madeiras e castanha. A região também é rica em minérios. Lá estão a Serra dos Carajás (PA), a mais importante área de mineração do pais, produtora de grande parte do minério de ferro exportado, e a Serra do Navio (AP), rica em manganês. A extração mineral, porém, praticada sem os cuidados adequados, contribui para a destruição ambiental.

No rio Tocantins, no Pará, encontra-se a usina hidrelétrica de Tucuruí, a maior da região e 2ª do país (a maior inteiramente nacional, já que Itaipú, no Paraná, é binacional - Brasil/Paraguai). Existem ainda outras usinas menores como Balbina, no rio Uatumã (AM) e Samuel, no rio Madeira (RO).
 O governo federal oferece incentivos fiscais para a instalação de indústrias no Amazonas, especialmente montadoras de eletrodomésticos. Sua administração cabe à Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) e os incentivos deverão permanecer em vigor até 2023.
De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústrias de Base, a região ocupa o segundo lugar - atrás do Sudeste -, nos investimentos públicos e privados.
A Região Norte tem priorizado a oferta e a redistribuição de energia para seus estados. No Amazonas, como a planície da bacia amazônica inviabiliza a construção de hidrelétricas, o estado investe no gás natural. Os maiores consumidores são as geradoras de energia elétrica, que passarão a usar o novo combustível em substituição ao óleo diesel para movimentar as turbinas de suas termelétricas.
O programa federal de eletrificação rural "Luz no Campo", atende aos estados de Rondônia, Acre, Roraima, Pará e Tocantins. A chegada da energia elétrica vai permitir a mecanização da agricultura.

População
A Região Norte é a maior do país em extensão territorial, porém sua população é pequena, supera somente o Centro-Oeste (14.058.094 habitantes). A população absoluta da Região Norte responde por cerca de 8% do total do país, somando 17.231.027 habitantes habitantes, conforme dados do Censo Demográfico de 2014, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 Entre os estados integrantes da Região, o mais populoso é o Pará, com 7.581.051 habitantes, enquanto que Roraima possui somente 450.479 habitantes.
No Norte é possível identificar diversos vazios demográficos, por isso apresenta uma população relativa de aproximadamente 4,1 hab/km². Essa é uma realidade presente em todos estados que compõem a Região.
 Grande parte da população se encontra distribuída nos centros urbanos, em cerca de 500 municípios dispersos por toda região.

O povo do Norte é descendente de índios, portugueses, além dos migrantes oriundos de outras regiões brasileiras, como do Sudeste e do Sul. A população da Região Norte segundo a cor/raça está dividida em pardos (69,2%), brancos (23,9%), negros (6,2%) e índios e amarelos (0,7%).
 Um dado interessante sobre a região em questão é a concentração urbana e rural nas margens de rios, com tal característica temos cidades como Belém, Manaus, Porto Velho, Santarém, entre outras. Esse aspecto recebe o nome de população ribeirinha.
A concentração ribeirinha é decorrente da falta de vias de transporte ferroviário e rodoviário, assim a população utiliza como principal meio de deslocamento as embarcações fluviais. Um dos principais problemas enfrentados pela população é o desprovimento dos serviços de saneamento básico e coleta de lixo, praticamente todos os estados apresentam índices muito baixos de saneamento básico


Reservas Indígenas e poluição
As 26 unidades de conservação da região, compreendem apenas 3,2% da Amazônia, de acordo com o Fundo Mundial para a Natureza (WWF). Devido à inexistência de fiscalização, essas áreas são alvo de queimadas.


Entre 1997 e 1998, aumenta em 27% a parcela da Amazônia Legal devastada por essa prática, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Dos 4 milhões de km² de floresta original, 13,3% jão não existem mais. Pará, Rondônia e Acre são os estados que mais contribuem para o aumento desse índice.
Além de afetar a fauna e a flora, as queimadas prejudicam a vida dos milhares de índios que ainda habitam a região. De acordo com a FUNAI, são cerca de 164 mil índios de diferentes etnias. A maior é a dos ianomâmis, com 9 mil representantes. A Região Norte detém 81,5% das áreas indígenas protegidas por lei - o Amazonas possui a maior extensão dessas terras (35,7%).

A biodiversidade e os habitantes do Norte, sofrem ainda outro grave problema: a poluição dos rios pelo mercúrio, que contamina populações ribeirinhas. Alguns cientistas crêem que o mercúrio detectado não seja consequência apenas da ação do homem no garimpo de ouro, mas que ele também esteja sedimentado em solos da região.




Cultura da Regiao Norte




Cultura 
A cultura da região, extensa e influenciada pelos diferentes povos que a habitam, indígenas, gaúchos, paranaenses, paulistas, nordestinos e imigrantes da África, Ásia e Europa.

As duas maiores festas populares do Norte são o Círio de Nazaré, - que no segundo domingo de outubro reúne mais de 2 milhões de pessoas em Belém (PA), - e o Festival de Parintins, a mais conhecida festa do “ boi-bumbá” do país, que ocorre em junho, no Amazonas.

Círio de Nazaré

Realizado em Belém do Pará há mais de dois séculos, o Círio de Nazaré é uma das maiores e mais belas procissões católicas do Brasil e do mundo. Reúne, anualmente, cerca de dois milhões de romeiros numa caminhada de fé pelas ruas da capital do Estado, num espetáculo grandioso em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré, a mãe de Jesus.
No segundo domingo de outubro, a procissão sai da Catedral de Belém e segue até a Praça Santuário de Nazaré, onde a imagem da Virgem fica exposta para veneração dos fiéis durante 15 dias. O percurso é de 3,6 quilômetros e já chegou a ser percorrido em nove horas e quinze minutos, como ocorreu no ano de 2004, no mais longo Círio de toda a história.

Na procissão, a Berlinda que carrega a imagem da Virgem de Nazaré é seguida por romeiros de Belém, do interior do Estado, de várias regiões do país e até do exterior. Em todo o percurso, os fiéis fazem manifestações de fé, enfeitam ruas e casas em homenagem à Santa. Por sua grandiosidade, o Círio de Belém foi registrado, em setembro de 2004, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial.


O Bumba Meu Boi
O Bumba Meu Boi é uma das festas folclóricas mais tradicionais do Brasil. Nessa encenação, semelhante a um auto, misturam-se danças, músicas, teatro e circo.
Pesquisadores acreditam que o festejo teve origem no nordeste no século XVII, durante o Ciclo do Gado, quando o boi tinha grande importância simbólica e econômica. Na época, o animal era criado por colonizadores que faziam uso de mão de obra escrava. A lenda na qual se baseia o Bumba-meu-boi reflete bem essa organização social e econômica.
Ela conta a história de um casal de escravos, Pai Francisco e Mãe Catirina. Grávida, Catirina começa a ter desejos por língua de boi. Para atender suas vontades, seu marido tem de matar o boi mais bonito de seu senhor. Percebendo a morte do animal, o dono da fazenda convoca curandeiros e pajés para ressuscitá-lo. Quando o boi volta à vida, toda a comunidade celebra.
Hoje em día a festa que é realizada em junho, no estado do Amazonas, e que tem lugar num local chamado de Bumbódromo consiste na disputa dos bois Garantido (representado de vermelho) e o Caprichoso (representado de azul). A festa tem a duração de três dias e conta com algumas personagens definidas, bem com regulamento e julgamento com o objetivo de definir a melhor atuação. No fim, é conhecido o boi vencedor.

Danças

Camaleão
Essa dança utiliza pares separados, que fazem uma coreografia com passos distintos, chamados de jornadas. São duas fileiras de mulheres e homens, realizando diversos passos, os quais terminam no passo inicial. As roupas também são importantes; os homens usam fraque de abas, colete, meias longas, gravata e sapato preto. Já para as mulheres, a vestimenta é composta por saias longas, meias brancas, sapatos e blusas folgadas. A música que embala os dançarinos utiliza o violão, cavaquinho e rabeca.

Dança do maçarico
O som da sanfona, viola, violão e rabeca embala os pares desta dança apresentada em grupos de casais, seus versos são cantados pelos próprios dançantes, geralmente puxados pelas mulheres. Tendo como referência o cadenciar da música, a coreografia segue exatamente o que diz a letra no momento do coro; os passos variam de pequenos saltos a passadas que acontecem de forma acelerada, composta, ainda, por movimentos de danças portuguesas.

Carimbó
O nome da dança é de origem indígena com os nomes Curi, que significa pau oco, e M'bó, que significa furado. Os homens devem trajar uma calça curta no estilo pescador e uma camisa que contenha estampas. As mulheres utilizam uma saia rodada e com estampas, uma blusa, colares e flores presas aos cabelos. Os dançarinos a executam com os pés no chão.
Roupas para Carimbó
Os homens batem palmas para as dançarinas e isso é o indício de que elas estão sendo chamadas para dançar também. Em forma de roda, as mulheres balançam a saia para que ela atinja a cabeça de seu parceiro. O ato é realizado no intuito de humilhar o homem para que ele saia da dança. Um dos momentos mais importantes ocorre quando cada casal vai para o centro da roda e o homem deve apanhar um lenço com a boca, que foi jogado no chão pelo seu par. Se o feito for satisfatório, ele recebe aplausos. Caso ele não consiga, a mulher joga a saia em seu rosto e ele deve sair da dança.
Lundu Marajoara
Lundu Marajoara
Desenho Mulher DançandoTem origem africana e é muito sensual, pois a intenção dela é mostrar o convite do homem para ter um encontro sexual com a mulher. Primeiro, há uma recusa; porém, ele insiste e ela aceita. A Lundu Marajoara mostra o ato com o passo da umbigada, quando acontecem movimentos de dança mais sensuais. As mulheres utilizam saias coloridas e blusas rendadas. Já os homens vestem calças de preferência na cor branca. Essa dança também recebe a ajuda de instrumentos como o banjo, cavaquinho e clarinete.

sábado, 20 de agosto de 2016

Historia

Os primeiros habitantes da Região Norte, como no resto do Brasil, foram os indígenas, do período pré-colombiano até a chegada dos europeus. Os espanhóis, entre eles Francisco de Orellana, organizaram expedições exploradoras pelo rio Amazonas para conhecer a região. Após longas viagens ao lado de Francisco Orellana, Gonzalo Fernández de Oviedo y Valdés escreveu, em Veneza, uma carta dirigida ao cardeal Pedro Bembo, exaltando a fauna e a flora existentes na região à época da expedição.

O século XVII marca a chegada dos portugueses como Pedro Teixeira que é considerado "O conquistador da Amazónia" já que desbravou e tomou posse de muitas terras para a Coroa Portuguesa no Brasil; além disso fundou fortes militares para defender a região contra a invasão de outros povos, em 1616, ocasionando na fundação de Belém.
Os brasileiros de outros estados, principalmente nordestinos, vieram para a Região Norte a fim de trabalhar na extração da borracha. Muitas famílias japonesas vieram trabalhar nas colônias agrícolas. Os japoneses iniciaram a plantação da pimenta-do-reino e da juta.
Durante as décadas de 60, 70 e 80, os governos militares implantaram um grande plano de integração dessa região com as demais regiões do Brasil, incluindo a construção de várias rodovias (como a rodovia Transamazônica), instalação de indústrias e a criação da zona franca de Manaus.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016



Turismo

A Região Norte tem especial vocação no eco-turismo, por abrigar a maior parte da mais colossal floresta tropical do planeta  tendo em seu pacote sua vasta flora, fauna, corredeiras, contatos com indígenas primitivos e trilhas; no entanto os estados pertencentes ao região possuem pontos turísticos e centros históricos que tem como característica principal a herança arquitetônica do século XVIII.

Encontro das Águas 
O é um fenômeno que acontece na confluência entre o rio Negro, de água preta, e o rio Solimões, de água barrenta, onde as águas dos dois rios correm lado a lado sem se misturar por uma extensão de mais de 6 km. É uma das principais atrações turísticas da cidade de Manaus.

                                                                      
                                                              




Basílica de Nazaré- Belém
A Basílica de Nazaré, terceira a receber este título no Brasil e primeira na região Norte, trata-se de uma réplica em menor escala da Basílica de São Paulo Extramuros, em Roma,  exatamente a metade das medições daquela. De estilo neoclássico e eclético, foi projetada pelos arquitetos genoveses Gino Coppedé e Giuseppe Predasso e construída no luar onde foi achada na imagem de Nossa Senhora de Nazaré.


Teatro Amazonas
Teatro Amazonas é um teatro brasileiro localizado no largo de São Sebastião, no centro de Manaus, capital do Amazonas. O teatro, inaugurado em 1896, é a expressão mais significativa da riqueza de Manaus durante o Ciclo da Borracha. A orquestra Amazonas Filarmônica regularmente ensaia e se apresenta em seu interior. Destaca-se também pelo estilo eclético de sua estrutura e os detalhes únicos de sua cúpula, o que o torna um dos monumentos mais conhecidos do Brasil e consequentemente o símbolo mais proeminente de Manaus.