Economia e Energía
A economia se baseia no extrativismo de produtos como o látex, açaí, madeiras e
castanha. A região também é rica em minérios. Lá estão a Serra dos Carajás
(PA), a mais importante área de mineração do pais, produtora de grande parte do
minério de ferro exportado, e a Serra do Navio (AP), rica em manganês. A
extração mineral, porém, praticada sem os cuidados adequados, contribui para a
destruição ambiental.
No rio Tocantins, no Pará, encontra-se
a usina hidrelétrica de Tucuruí, a maior da região e 2ª do país (a maior
inteiramente nacional, já que Itaipú, no Paraná, é binacional -
Brasil/Paraguai). Existem ainda outras usinas menores como Balbina, no rio Uatumã
(AM) e Samuel, no rio Madeira (RO).
O governo federal oferece
incentivos fiscais para a instalação de indústrias no Amazonas, especialmente
montadoras de eletrodomésticos. Sua administração cabe à Superintendência da
Zona Franca de Manaus (SUFRAMA) e os incentivos deverão permanecer em vigor até
2023.
De acordo com levantamento da
Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústrias de Base, a região ocupa o
segundo lugar - atrás do Sudeste -, nos investimentos públicos e privados.
A Região Norte tem priorizado a oferta
e a redistribuição de energia para seus estados. No Amazonas, como a planície
da bacia amazônica inviabiliza a construção de hidrelétricas, o estado investe
no gás natural. Os maiores consumidores são as geradoras de energia elétrica, que
passarão a usar o novo combustível em substituição ao óleo diesel para
movimentar as turbinas de suas termelétricas.
O programa federal de eletrificação
rural "Luz no Campo", atende aos estados de Rondônia, Acre, Roraima,
Pará e Tocantins. A chegada da energia elétrica vai permitir a mecanização da
agricultura.
População
A Região Norte é a maior do país em
extensão territorial, porém sua população é pequena, supera somente o
Centro-Oeste (14.058.094 habitantes). A população absoluta da Região Norte responde
por cerca de 8% do total do país, somando 17.231.027 habitantes habitantes, conforme dados
do Censo Demográfico de 2014, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE).
Entre os estados integrantes da
Região, o mais populoso é o Pará, com 7.581.051 habitantes, enquanto que
Roraima possui somente 450.479 habitantes.
No Norte é possível identificar
diversos vazios demográficos, por isso apresenta uma população relativa de
aproximadamente 4,1 hab/km². Essa é uma realidade presente em todos estados que
compõem a Região.
Grande parte da população se
encontra distribuída nos centros urbanos, em cerca de 500 municípios dispersos
por toda região.
O povo do Norte é descendente de
índios, portugueses, além dos migrantes oriundos de outras regiões brasileiras,
como do Sudeste e do Sul. A população da Região Norte segundo a cor/raça está
dividida em pardos (69,2%), brancos (23,9%), negros (6,2%) e índios e amarelos
(0,7%).
Um dado interessante sobre a
região em questão é a concentração urbana e rural nas margens de rios, com tal
característica temos cidades como Belém, Manaus, Porto Velho, Santarém, entre
outras. Esse aspecto recebe o nome de população ribeirinha.
A concentração ribeirinha é decorrente
da falta de vias de transporte ferroviário e rodoviário, assim a população
utiliza como principal meio de deslocamento as embarcações fluviais. Um dos principais problemas enfrentados pela população é o desprovimento dos serviços de saneamento básico e coleta de lixo, praticamente todos os estados apresentam índices muito baixos de saneamento básico
Reservas Indígenas e poluição
As 26 unidades de conservação da região, compreendem apenas 3,2% da Amazônia, de acordo com o Fundo Mundial para a Natureza (WWF). Devido à inexistência de fiscalização, essas áreas são alvo de queimadas.
Entre 1997 e 1998, aumenta em 27% a parcela da
Amazônia Legal devastada por essa prática, segundo o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE). Dos 4 milhões de km² de floresta original, 13,3%
jão não existem mais. Pará, Rondônia e Acre são os estados que mais contribuem
para o aumento desse índice.
Além de afetar a fauna e a flora, as queimadas
prejudicam a vida dos milhares de índios que ainda habitam a região. De acordo
com a FUNAI, são cerca de 164 mil índios de diferentes etnias. A maior é a dos
ianomâmis, com 9 mil representantes. A Região Norte detém 81,5% das áreas
indígenas protegidas por lei - o Amazonas possui a maior extensão dessas terras
(35,7%).
A biodiversidade e os habitantes do Norte,
sofrem ainda outro grave problema: a poluição dos rios pelo mercúrio, que
contamina populações ribeirinhas. Alguns cientistas crêem que o mercúrio
detectado não seja consequência apenas da ação do homem no garimpo de ouro, mas
que ele também esteja sedimentado em solos da região.
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